A solenidade de encerramento do Curso de Especialização de Educação em Direitos Humanos aconteceu na manhã desta sexta-feira no auditório do Praiamar Hotel e contou com a participação de Pró reitores, Direção de Centro e docentes e discentes da UFRN. O principal objetivo do curso foi promover o desenvolvimento do processo de formação que favorece a constituição de uma cultura com educação em direitos humanos.

A abertura contou com uma apresentação cultural de flauta doce do grupo Esperança Viva da Escola de Música da UFRN. O grupo é formado por participantes de um projeto que, desde 2011 oferece oportunidades às pessoas com deficiência visual de estudar, desenvolver e aprimorar o seu lado musical em uma instituição especializada, desmistificando os preconceitos em relação ao fazer artístico.

Os professores doutores Rubens Maribondo do Nascimento, Márcia Gurgel Ribeiro, Jefferson Alves, Ana Santana Souza e Erika dos Reis Gusmão Andrade integraram a mesa ao lado da coordenadora do curso, a professora doutora Rosália Silva, que ressaltou a importância da especialização para que os formados possam desenvolver projetos de intervenção em seus locais de trabalho. Agradeceu a todos os envolvidos no empreendimento e destacou que o sucesso foi fruto da construção coletiva.

A Diretora do CE, Professora Márcia Gurgel falou sobre a riqueza na multidisciplinaridade do público ''Nós temos presentes nesse auditório pessoas dos mais variados setores e instituições sociais, que nos mostram como o conceito de educação é amplo em suas áreas. É muito mais do que a gente pensa da educação escolar''.

A iniciativa da UFRN por meio do Centro de Educação, Comitê Gestor Institucional (COMFOR), Programa de Formação Continuada  (PROFOCO) e o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd), convidou a Professora Maria de Nazaré Tavares Zenaide, integrante do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, e da Comissão de Direitos Humanos da UFPB para proferir a palestra intitulada ‘Educação e Direitos Humanos’. A palestrante falou do surgimento da EDH no Brasil, frisando no contexto da transição democrática com o fim dos regimes ditatoriais, como expressão de resistência à violência. Citou também, o surgimento das entidades de direitos humanos da América Latina ''As primeiras práticas de educação em direitos humanos surgem das vozes das vítimas, são elas que se organizam e criam grupos de autodefesa, que começam a falar, denunciar''. Os participantes também ouviram sobre a importância de lutar pelas liberdades e a responsabilidade do diálogo com as pessoas que os cercam, além de pensar em se formar gestor ''Vocês precisam estar no planejamento, execução e decisão. Nós precisamos de gestores e consultores, vocês estão vendo que o estado democrático vai se consolidando e tem a necessidade de afirmar direitos, e isso quer dizer novas políticas públicas, que quer dizer profissionais qualificados como vocês'', finalizou a palestrante.